Cristiano
Zanin Martins, a lawyer for former President Luiz Inacio Lula da Silva
(PT), and federal judge Sérgio Moro - who is responsible for Lava Jato
proceedings at the lower court - discussed during the hearing held on
Monday morning (5).The mouthpiece began when the lawyer wanted to ask a question to the
former deputy of the Progressive Party (PP) Pedro Corrêa, heard this
morning as witness of prosecution by videoconference with Recife (PE)."Are you going to deny that the witness responds to this question?" Asked Cristiano Zanin Martins. The lawyer wanted to know if Pedro Corrêa confirmed a statement made in another testimony.Earlier,
the former deputy had reported that when he was called by the Federal
Public Prosecutor's Office (MPF) in September 2016, he was informed that
there was missing information to support the complaint against Lula. That is why Corrêa tried to collaborate and witness. He has concluded an award agreement with the MPF, but the collaboration has not yet been ratified.Sérgio Moro said that Pedro Corrêa had already answered and ratified this question. Lula's
lawyer insisted and stated that the question was relevant and
pertinent, and the federal judge stated that the defense was confusing
the witness. "Your Excellency seems to be responding in the witness's place," said Cristiano Zanin Martins.At
the moment that Lula's lawyer cited Pedro Corrêa's conviction, Sérgio
Moro questioned whether Martins wanted to humiliate the witness. "It's inappropriate," the federal judge said. For Sérgio Moro, the condemnation of the witness is "notorious facts".The
former deputy has already been sentenced by Lava Jato to more than 20
years in prison for crimes such as corruption and money laundering. He is currently serving house arrest for medical reasons.The federal judge then asked if the lawyer had any further questions - "about facts" - to ask. Martins
replied, "I asked the questions, if the questions unfortunately bother
me, I'm sorry, but I've already asked the questions and I have no
further questions." The hearing was adjourned shortly thereafter.I was not a stranger to former president Lula 'The
former deputy told Sérgio Moro that he was surprised that former
President Lula had said at a hearing that he had testified in Curitiba
that he had not met with him. Corrêa showed an album and said he had photos of one of the meetings
where several politicians were present, including him and former
president Lula."I
would even like to attach these photographs later to show the process
that I was not a stranger to former President Lula, as he said, that he
had no relation to me. I lived in the Government Palace and the Planalto
Palace , Because I was president of the party and therefore attended at least
twice a month of meetings of the political council, "said the former
deputy.Pedro
Corrêa also confirmed to the MPF promoter Isabel Cristina Vieira some
statements he made during a testimony in September 2016. One of the
issues recalled and confirmed by the former deputy was that there were
bribe payments in the contracts of the Presidente Getúlio Vargas
Refinery (Repar) And the Abreu e Lima Refinery (RNEST) for the Progressive Party."Yes. These contracts had resources that came to the party in both RNEST and Repar," the former MP replied.Related searchesIn this criminal action, the MPF accuses former President Lula of
receiving as a kickback a land where the new headquarters of the Lula
Institute and a property next to the apartment of the PT will be built
in São Bernardo do Campo (SP).According to the Lava Jato task force, these properties were purchased
by Odebrecht in exchange for contracts acquired by the company at
Petrobras.Lula responds in this process through passive corruption and money laundering. Another seven people are also rests. Former First Lady Marisa Letícia was accused. However, Moro decreed that it was impossible to punish her. Marisa Leticia died in February of this year.The
former president denies the allegations, and the Odebrecht Group has
stated that it has collaborated with the investigations. Lula Institute stated that "it never had another seat except the
sobrado where it works until today, acquired in 1990 by the Institute of
Research and Studies of the Worker (Ipet)".MPF complaintAccording
to the MPF, Construtora Norberto Odebrecht paid Lula's gratuity by
acquiring the property where the new headquarters of the Lula Institute
would be built in São Paulo. The amount, up to November 2012, was R $ 12,422,000, prosecutors say.According to the Lava Jato task force, the value is in Marcelo
Odebrecht's notes, spreadsheets seized during the investigations and
data obtained from a breach of confidentiality.The
denunciation of the MPF also states that the former president received,
as an undue advantage, the coverage next to the residence where he
lives in São Bernardo do Campo, in the interior of São Paulo. According
AUDIÊNCIA LULA X MORO.
AUDIÊNCIA LULA X MORO.
Cristiano Zanin Martins, um dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o juiz federal Sérgio Moro – que é o responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância – discutiram durante a audiência realizada na manhã desta segunda-feira (5).
O bate-boca começou quando o advogado quis fazer uma pergunta ao ex-deputado do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa, ouvido nesta manhã como testemunha de acusação por videoconferência com Recife (PE).
"O senhor vai negar que a testemunha responda a essa questão?", perguntou Cristiano Zanin Martins. O advogado queria saber se Pedro Corrêa confirmava uma afirmação feita em outro depoimento.
Anteriormente, o ex-deputado havia relatado que, quando foi chamado pelo Ministério Público Federal (MPF), em setembro de 2016, lhe foi informado de que faltavam informações para embasar a denúncia contra Lula. Por isso, Corrêa tentou colaborar e testemunhar. Ele fechou acordo de delação premiada com o MPF, mas a colaboração ainda não foi homologada.
Sérgio Moro interveio dizendo que Pedro Corrêa já tinha respondido e ratificado essa questão. O advogado de Lula insistiu e afirmou que a pergunta era relevante e pertinente, e o juiz federal declarou que a defesa estava confundindo a testemunha. "Vossa Excelência que parece que está respondendo no lugar da testemunha", disse Cristiano Zanin Martins.
No momento em que o advogado de Lula citou a condenação de Pedro Corrêa, Sérgio Moro questionou se Martins estava querendo humilhar a testemunha. "É inapropriado", disse o juiz federal. Para Sérgio Moro, a condenação da testemunha se trata de "fatos notórios".
O ex-deputado já foi condenado pela Lava Jato a mais de 20 anos de prisão por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar por razões médicas.
O juiz federal então perguntou se o advogado tinha mais alguma pergunta – "sobre fatos" – a fazer. Martins respondeu: "Eu fiz as perguntas. Se as perguntas infelizmente incomodam, eu lamento. Mas eu já fiz as perguntas e não tenho mais perguntas a fazer". A audiência foi encerrada logo em seguida.
Eu não era um desconhecido do ex-presidente Lula'
O ex-deputado disse a Sérgio Moro que estranhou o fato de o ex-presidente Lula ter dito na audiência em que prestou depoimento em Curitiba que não tinha feito nenhuma reunião com ele. Corrêa mostrou um álbum e disse ter fotos de uma das reuniões onde estavam presentes vários políticos, inclusive ele e o ex-presidente Lula.
"Eu gostaria, inclusive, de anexar depois essas fotografias para mostrar ao processo de que eu não era um desconhecido do ex-presidente Lula, como ele afirmou, que não tinha nenhuma relação comigo. Eu vivia no Palácio do Governo e no Palácio do Planalto, porque eu era presidente do partido e, consequentemente, participava pelo menos duas vezes por mês das reuniões do conselho político", declarou o ex-deputado.
Pedro Corrêa também confirmou à promotora do MPF Isabel Cristina Vieira algumas declarações que fez durante um depoimento em setembro de 2016. Uma das questões relembradas e confirmada pelo ex-deputado foi de que houve pagamentos de propina nos contratos da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) para o Partido Progressista.
"Sim. Esses contratos tinham recursos que vinham para o partido tanto na RNEST quanto da Repar", respondeu o ex-parlamentar.
Ação penal
Nesta ação penal, o MPF acusa o ex-presidente Lula de receber como propina um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do petista, em São Bernardo do Campo (SP).
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, esses imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos adquiridos pela empresa na Petrobras.
Lula responde, neste processo, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outras sete pessoas também são rés. A ex-primeira dama Marisa Letícia chegou a ser acusada. Contudo, Moro decretou a impossibilidade de puni-la. Marisa Leticia morreu em fevereiro deste ano.
O ex-presidente nega as acusações, e o Grupo Odebrecht tem afirmado que tem colaborado com as investigações. Instituto Lula afirmou que "nunca teve outra sede a não ser o sobrado onde funciona até hoje, adquirido em 1990 pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Trabalhador (Ipet)".
Denúncia do MPF
Conforme o MPF, a Construtora Norberto Odebrecht pagou propina a Lula via aquisição do imóvel onde seria construída nova sede do Instituto Lula, em São Paulo. O valor, até novembro de 2012, foi de R$ 12.422.000, afirmam os procuradores.
O valor consta, segundo a força-tarefa a Lava Jato, em anotações de Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas durante as investigações e dados obtidos a partir de quebra de sigilo.
A denúncia do MPF afirma também que o ex-presidente recebeu, como vantagem indevida, a cobertura vizinha à residência onde vive em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo. De acordo com
O bate-boca começou quando o advogado quis fazer uma pergunta ao ex-deputado do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa, ouvido nesta manhã como testemunha de acusação por videoconferência com Recife (PE).
"O senhor vai negar que a testemunha responda a essa questão?", perguntou Cristiano Zanin Martins. O advogado queria saber se Pedro Corrêa confirmava uma afirmação feita em outro depoimento.
Anteriormente, o ex-deputado havia relatado que, quando foi chamado pelo Ministério Público Federal (MPF), em setembro de 2016, lhe foi informado de que faltavam informações para embasar a denúncia contra Lula. Por isso, Corrêa tentou colaborar e testemunhar. Ele fechou acordo de delação premiada com o MPF, mas a colaboração ainda não foi homologada.
Sérgio Moro interveio dizendo que Pedro Corrêa já tinha respondido e ratificado essa questão. O advogado de Lula insistiu e afirmou que a pergunta era relevante e pertinente, e o juiz federal declarou que a defesa estava confundindo a testemunha. "Vossa Excelência que parece que está respondendo no lugar da testemunha", disse Cristiano Zanin Martins.
No momento em que o advogado de Lula citou a condenação de Pedro Corrêa, Sérgio Moro questionou se Martins estava querendo humilhar a testemunha. "É inapropriado", disse o juiz federal. Para Sérgio Moro, a condenação da testemunha se trata de "fatos notórios".
O ex-deputado já foi condenado pela Lava Jato a mais de 20 anos de prisão por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar por razões médicas.
O juiz federal então perguntou se o advogado tinha mais alguma pergunta – "sobre fatos" – a fazer. Martins respondeu: "Eu fiz as perguntas. Se as perguntas infelizmente incomodam, eu lamento. Mas eu já fiz as perguntas e não tenho mais perguntas a fazer". A audiência foi encerrada logo em seguida.
Eu não era um desconhecido do ex-presidente Lula'
O ex-deputado disse a Sérgio Moro que estranhou o fato de o ex-presidente Lula ter dito na audiência em que prestou depoimento em Curitiba que não tinha feito nenhuma reunião com ele. Corrêa mostrou um álbum e disse ter fotos de uma das reuniões onde estavam presentes vários políticos, inclusive ele e o ex-presidente Lula.
"Eu gostaria, inclusive, de anexar depois essas fotografias para mostrar ao processo de que eu não era um desconhecido do ex-presidente Lula, como ele afirmou, que não tinha nenhuma relação comigo. Eu vivia no Palácio do Governo e no Palácio do Planalto, porque eu era presidente do partido e, consequentemente, participava pelo menos duas vezes por mês das reuniões do conselho político", declarou o ex-deputado.
Pedro Corrêa também confirmou à promotora do MPF Isabel Cristina Vieira algumas declarações que fez durante um depoimento em setembro de 2016. Uma das questões relembradas e confirmada pelo ex-deputado foi de que houve pagamentos de propina nos contratos da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) para o Partido Progressista.
"Sim. Esses contratos tinham recursos que vinham para o partido tanto na RNEST quanto da Repar", respondeu o ex-parlamentar.
Ação penal
Nesta ação penal, o MPF acusa o ex-presidente Lula de receber como propina um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do petista, em São Bernardo do Campo (SP).
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, esses imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos adquiridos pela empresa na Petrobras.
Lula responde, neste processo, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outras sete pessoas também são rés. A ex-primeira dama Marisa Letícia chegou a ser acusada. Contudo, Moro decretou a impossibilidade de puni-la. Marisa Leticia morreu em fevereiro deste ano.
O ex-presidente nega as acusações, e o Grupo Odebrecht tem afirmado que tem colaborado com as investigações. Instituto Lula afirmou que "nunca teve outra sede a não ser o sobrado onde funciona até hoje, adquirido em 1990 pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Trabalhador (Ipet)".
Denúncia do MPF
Conforme o MPF, a Construtora Norberto Odebrecht pagou propina a Lula via aquisição do imóvel onde seria construída nova sede do Instituto Lula, em São Paulo. O valor, até novembro de 2012, foi de R$ 12.422.000, afirmam os procuradores.
O valor consta, segundo a força-tarefa a Lava Jato, em anotações de Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas durante as investigações e dados obtidos a partir de quebra de sigilo.
A denúncia do MPF afirma também que o ex-presidente recebeu, como vantagem indevida, a cobertura vizinha à residência onde vive em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo. De acordo com
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